Clovis Rossi

O Brasil cresce. E amadurece?

Por: | 27 de diciembre de 2011



Há cerca de três anos, Larry Rohter, então correspondente do New York Times no Brasil, escreveu um livro com o título "Deu no New York Times". Era uma coleção dos principais assuntos de que havia tratado em seu período como correspondente, mas o título era também uma brincadeira com a mania dos brasileiros de se impressionar muito mais com o que se publica no exterior a respeito do país - especialmente se escrito em inglês - do que com o que sai em português na mídia local.
Ex-colônias provavelmente têm, todas, essa característica de um certa genuflexão diante da metrópole, mesmo de metrópoles, caso dos Estados Unidos, que não foram a colonizadora original, embora, nos tempos contemporâneos, imponham um evidente colonialismo cultural.
Por isso mesmo, quando um jornal em inglês, no caso o Guardian, recolheu avaliação de um centro britânico de estudos segundo o qual o Brasil ultrapassara o Reino Unido e se tornara a sexta economia do planeta, me preparei mentalmente para ver um festival de ufanismo, para ver o país enrolar-se na bandeira e festejar o progresso.

Felizmente, me enganei. Foi notícia, claro, como não poderia deixar de ser. Até El País, que não tem sede nem no país ultrapassado nem no país promovido, deu a informação, discretamente mas deu.
A principal fonte de informação dos brasileiros - o Jornal Nacional, o telejornal das 20h30 da Rede Globo - também reproduziu a notícia, mas cuidou de deixar bem claro que um país com uma população enorme como o Brasil (quase 200 milhões) não é mais rico que um país com população bem menor, como o Reino Unido, só porque a soma dos bens e serviços por ele produzido é maior.
Dividido pela população, o PIB inglês é mais ou menos o triplo do brasileiro, cuidou também de ressaltar Gustavo Patu, na Folha de S. Paulo, ele que é um dos mais lúcidos analistas das contas brasileiras. Mas Patu não desprezou o sexto lugar. Escreveu: "Não é irrelevante, portanto, a projeção de que o PIB brasileiro deverá superar neste ano o do Reino Unido e proporcionar ao país o status de sexta maior economia mundial".
E explicou: "Embora facilitada pela crise europeia, a ascensão do país não é fortuita. Assim como os outros gigantes emergentes, caso de China, Índia e Rússia, o Brasil escalou a hierarquia da geopolítica internacional quando voltou a exibir um processo mais consistente de crescimento".
Da mesma forma, Vinicius Torres Freire, um dos mais competentes colunistas econômicos do jornalismo brasileiro, lembrou que o PIB per capita do Brasil "ainda anda lá pelo 70.o lugar. Sabemos que somos mais pobrinhos que os britânicos".
Sabemos também que, em matéria de desenvolvimento humano, o Brasil ocupa um vergonhoso 84.o lugar, posto ainda mais vergonhoso quando se torna a sexta economia do planeta.
O único ufanismo partiu do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para quem, em 20 anos, o Brasil atingirá o padrão europeu de hoje. "Otimismo exagerado", rebateu Patu, para acrescentar: "No ritmo atual, só depois de 2040 a renda per capita brasileira atingirá o padrão britânico de hoje -para não falar da qualidade da educação, da saúde, das instituições".
Tudo somado, tem-se que o Brasil não apenas está crescendo de forma mais consistente como está amadurecendo o suficiente para não entrar nem em depressão nem em euforia quando alguma coisa sobre ele, negativa ou positiva, aparece em inglês - ou qualquer outro idioma.

Se essas duas características realmente se mantiverem, esse menino chamado Brasil ainda irá longe.

Hay 23 Comentarios

Obrigado por compartilhar suas idéias ... Eu vou levá-lo para um artigo no futuro …

Ser a sexta maior economia do mundo dá sim poder nas negociações internacionais. As economias europeias estão visivelmente enfraquecidas e irão demorar, pelo menos, uma década para retomarem crescimento. O que me admira é o pessimismo brasileiro diante de tudo que for positivo acerca do Brasil! Claro que ainda há muita desigualdade, mas isso se resolve com dinheiro, como aconteceu na Espanha, na Itália, na Irlanda, em Portugal, etc, países europeus empobrecidos que, ao entrarem para a UE se beneficiaram dos financiamentos e ajudas. O problemas desses países foi pedir emprestado demais para poderem continuar com um padrão de vida que não tinham como sustentar. Cada um vive com suas pobrezas e mazelas...há muitíssimos edifícios para a população pobre no Reino Unido que nem a polícia se atreve a entrar...há favelas de várias maneiras...vejam os suburbios de Paris... Enfim, esse pessimismo brasileiro diante de tudo que é positivo em relação ao Brasil somente mostra o sentimento de inferioridade desse(a) pessimista!

el crescimiento de brasil no es de hoy ni debe ser menospreciado es el fruto de trabajo duro de hace tiempos, tenemos mucho por hace pero estamos haciendo, y paso a paso vamos adelante,

Sr, otavio, sim o brasil e hoje uma superpotencia, mas disseminar o portugues mas qie espanhol ou ingles, rssss antrs teriamos o mandarim....ninguem merece absurdo comentario. Abz

O que percebo é que o Brasil está crescendo muito, mas os serviços públicos não acompanham o progresso do país, de modo que temos um sistema de saúde e uma edcucação pública bastante precárias, além de uma Segurança Pública e de um sistema judiciário ineficazes. O Brasil precisa de mundanças urgentes. Caso contrário, há que se adotar um velho adágio popular para definir o nosso país: "CASA DE FERREIRO, ESPETO DE PAU".

http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_EN_Tables.pdf

El ranking que vale es este. Em este se ve onde esta o Brasil no globo. 84º país no IDH atrás do Equador, do Peru(sem doble sentido), da Venezuela, do Uruguay, da Argentina e do Chile. Potencia nenhuma. Lorota...
Hoje estamos em uma especie de sociedade nihilista beirando o hedonismo. Nos escondemos atras de pseudoideologias embustidas em partidos que pregoam como fariseus no deserto uma verdade coletiva, para que no final o Eu prevaleça sobre o Nós. Desfrutamos o logro coletivo como individual e rejeitamos o prejuízo individual como coletivo. Se a economia cresce, UM comemora como se fosse as maquinas macroeconomicas. Se a Economia quebra, a culpa é dos OUTROS.
Não sei que inveja vai ter um chileno do Brasil, ou mesmo um argentino. Melhores indicadores sociais são melhores que os melhores PIBs, ou você brasileiro, petista, quer ir viver na china ou na india. Conversa para boi dormir. Todo mundo quer viver no seu pais como se vive na noruega ou em Luxemburgo.

Enquanto houverem zilhões gastos em armamentos num mundo que porta milhões de famintos, todo ranking econômico é apenas uma mentira orquestrada para agradar uma seleta plateia de banqueiros: todos falidos e de pouca vergonha na cara.

Clóvis Rossi distorceu o PIB dos jornalistas. Só citou Larry Rother, por se ver colonizado, e seus colegas da Falha de São Paulo. Fez por demonstrar seu complexo de vira-lata. O jornalista mais informado do Brasil de hoje, Amaury Ribeiro Jr, teria uma teoria mais interessante para explicar a renda per cápita brasileira... E não vamos nos esquecer do papel da Zara na distribuição de renda, tá...

Cualquiera que conozca el país desde hace muchos años, recordará aquella inflacción horrorosa y los cambios de moneda que hacían de Brasil un país a la deriva. Desde el plan Real, Brasil ha cambiado, muy rápidamente y de forma palpable. Es evidente que como país le queda mucho camino por hacer, pero tb es evidente que ha encontrado la forma de hacerlo y lo está haciendo.

Es conocida la posicion de los empleados de "Folha de Sao Paulo" de denegrir los logros de los gobiernos Lula y Dilma, apoyando lo que hay de peor de la derecha Brasileña...Recomiendo a todos [sobre todo a Pasmao que quedará Pasmado} leer el libro "a Privataria Tucana" del eximio periodista Amaury Ribeiro Jr.

sr rossi, percebo que os países de lingua espanhola nao se sentem muito confortavel ou nao gostam de ouvir a falar na ascensao do brasil; mas é unico país latino em condiçoes de ser superpotencia. Certamente nao gostam porque o brasil fala portugues. Mas quer queiram ou nao o brasil estará no topo, ainda neste seculo e vai disseminar o portugues no mundo. Tem dimensao; recursos naturais; agua; petroleo e produz alimento em grande escala. Quem mais poderia ser? peru, chile, colombia? ou paises medianos como argentina ou mexico. nenhum tem condiçoes! e isso os incomoda. e o brasil representará muito bem os latinos.

Sou Brasileiro, comecei a opinar sobre esta reportagem, mas após ler alguns comentários, já postados, limitei-me a somente a aplaudir o que encontrei já escrito.
Estes dois comentário, refletem exatamente o que pensam e vêem muitos Brasileiro. Especialmente o comentário do MINEIRIM.
-------------------------------------------------------------------------------
Sr. Clovis, conozco el Brasil desde que me casé en Brasília en 1980. He residido en el país en diferentes períodos de mi vida, y actualmente estoy junto con parte de mi família de nuevo en la capital federal. Creo tener un conocimiento bastante amplio i objetivo de la realidad del país, y de sus ciclos económicos de altos y bajos, con altísima inflación, cambios de monedas, etc. Sin tratar de desmerecer a nadie, en mi opinión, el supuesto milagro del crecimiento brasileño de la era Lula, i de la Sra. Roussef, se basa en esencia en la continuidad del Plano Real del ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que puso las bases para el control de la inflación, el desgobierno fiscal y la adopción de la moneda que hasta hoy persiste, el Real. Sobre esta base de estabilidad económica los gobiernos del PT aumentaron las políticas asistencialistas, ya existentes en gobiernos anteriores, y supieron aprovechar la coyuntura de la economía mundial con el alza de las llamadas commodities, de las que el Brasil es un gran exportador.
Si a todo ello le sumamos la eclosión del crédito interno, prácticamente inexistente hace tan sólo 10-15 años atrás, tendremos resumidamente la explicación del crecimiento de estos últimos años. Sin embargo, los grandes problemas del país persisten 30 años después: grandes desigualdades de renta (Ver el último informe del IBGE), corrupción endémica, infraestructuras obsoletas, índices elevadísimos de violencia, sanidad i enseñanza públicas tercermundistas,etc, etc.
Hasta cuándo durará el milagro? A día de hoy nadie lo sabe con certeza, dependerá de la marcha de la economía mundial, especialmente de la China, principal comprador de materias primas brasileñas, del rigor fiscal, i del consumo interno de las famílias, altamente endeudadas en estos últimos años.


Publicado por: Pasmao | 27/12/2011 22:10:35
-------------------------------------------------------------------------------


Ustedes ya han visto alguien de la elite brasileña que habla bien de su país? La elite (blanca) brasileña no se piensa a sí como brasileña, sino como colonizados (hasta hoy!). No consigue ver a Brasil, sino a Europa o Estados Unidos. Y así es, infelizmente, nuestra prensa y varios de sus periodistas y/o columnistas.

Publicado por: Mineirim | 27/12/2011 21:44:55
-------------------------------------------------------------------------------

Qualquer notícia positiva do Brasil logo é seguida de inúmeros reparos dos opositores do governo do PT.
"A inveja não é você querer o que o outro tem (isso é a cobiça), mas querer que ele não tenha, é essa a grande tragédia do invejoso."

Sr. Clovis, conozco el Brasil desde que me casé en Brasília en 1980. He residido en el país en diferentes períodos de mi vida, y actualmente estoy junto con parte de mi família de nuevo en la capital federal. Creo tener un conocimiento bastante amplio i objetivo de la realidad del país, y de sus ciclos económicos de altos y bajos, con altísima inflación, cambios de monedas, etc. Sin tratar de desmerecer a nadie, en mi opinión, el supuesto milagro del crecimiento brasileño de la era Lula, i de la Sra. Roussef, se basa en esencia en la continuidad del Plano Real del ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que puso las bases para el control de la inflación, el desgobierno fiscal y la adopción de la moneda que hasta hoy persiste, el Real. Sobre esta base de estabilidad económica los gobiernos del PT aumentaron las políticas asistencialistas, ya existentes en gobiernos anteriores, y supieron aprovechar la coyuntura de la economía mundial con el alza de las llamadas commodities, de las que el Brasil es un gran exportador.
Si a todo ello le sumamos la eclosión del crédito interno, prácticamente inexistente hace tan sólo 10-15 años atrás, tendremos resumidamente la explicación del crecimiento de estos últimos años. Sin embargo, los grandes problemas del país persisten 30 años después: grandes desigualdades de renta (Ver el último informe del IBGE), corrupción endémica, infraestructuras obsoletas, índices elevadísimos de violencia, sanidad i enseñanza públicas tercermundistas,etc, etc.
Hasta cuándo durará el milagro? A día de hoy nadie lo sabe con certeza, dependerá de la marcha de la economía mundial, especialmente de la China, principal comprador de materias primas brasileñas, del rigor fiscal, i del consumo interno de las famílias, altamente endeudadas en estos últimos años.

Entrevista a Enrique Piñeyro, ex piloto de LAPA, director de cine y principal opositor al actual manejo de Aerolíneas Argentinas, ex Grupo Marsans. Toda la verdad sobre una aerolínea que fue justamente estatizada pero que es un negocio para unos pocos.

http://www.elruidoenelhormiguero.blogspot.com/2011/10/entrevista-enrique-pineyro-el-esfuerzo.html

Ustedes ya han visto alguien de la elite brasileña que habla bien de su país? La elite (blanca) brasileña no se piensa a sí como brasileña, sino como colonizados (hasta hoy!). No consigue ver a Brasil, sino a Europa o Estados Unidos. Y así es, infelizmente, nuestra prensa y varios de sus periodistas y/o columnistas.

É óbvio que o PIB por si só não significa tudo, mas é bastante interessante que se saiba que o colunista da "Folha de São Paulo" é antes de tudo oposição ao governo do PT e jamais diria qualquer coisa de positiva sobre os avanços que se vêm obtendo no Brasil. Quanto a ser maior ou menor que a Espanha ou Reino Unido, isso é bobagem. Ao contrario do que esse moço faz pensar, nem todo brasileiro perde tempo com comparações bobas.

En las dos últimas décadas los medios de comunicación se han encargado de venjdernos el fenómeno "China" como la octava maravilla ecopnómica del mundo,. El principal argumento siempre fue su PIB, alcxanzando el segundo puesto del mundo después de EUA. Pues bien, ESTO NO ES NADA NUEVO!!!!!!!!!! Antes de la Revolución Industrial en el siglo XIX, China era el PIB más grandfe del planeta. Y durante el siglo XIX y hasta bien entrado el siglo XX, el PIB de China estaba ya entre los cinco primeros del mundo. Igual que hoy. ¿Dónde está el misterio? Existe una exacerbada obsesión con el PIB y el PIB no indica gran cosa. En el caso de Brasil sólo indica que con una población casi cinco veces la de España, factura prácticamente lo mismo que España. Muy bajo rendimiento.

Estoy de acuerdo con el artículo, excepto en lo que se refiere a dos cuestiones. Una de ellas es la falta de valoración de las políticas gubernamentales que han hecho posible el avance de Brasil. Creo que valdría la pena decir que cuando otras economías sufren la crisis dolorosamente, el hecho de que Brasil continúe creciendo no es casual.
La segunda es que los índices sociales también han avanzado con la economía, es más, su avance ha sido la razón principal del crecimiento. Tal vez la izquierda europea pueda echar un vistazo por aquí.

Es la diferencia fundamental entre el Primer y el Tercer mundo. No se trata de PIB (si no, Luxemburgo sería un país del Tercer Mundo, por ejemplo) sino de indicadores sociales mucho más importantes.

Clovis, é a primeira vez que participarei de um blog brasileiro ou de um que nao seja o meu próprio que abandonei em 2007. Sou brasileiro e vivo e sobrevivo aqui na pele do toro. Acabo de encontrar este blog por meio do outro blog dedicado a Brasil do EL PAÍS do SR. JUAN ARIAS.
Se nota e se sente o crescimento do Brasil, veja a própria situaçao da cobertura informativa sobre nosso país. Mas para este crescimento utilizarei uma entrada minha em Vientos de Brasil:

¿Por que una semilla nace?, pregunta el maestro.
"Porque tiene agua" contesta Pedrin
El profesor, muy restricto él, un cero a Pedrin se le dio.
La consolidación de la economia brasileña es ilusoria. Para que una semilla nazca no solo necesita agua. El valor de la economia brasileña es de cultivo hidroponíco. Se puede crecer, pero es totalmente dependiente del riego. La clase media que son las raíces de un sistema economico esta al aire. Esta endeudada y sin consolidación, pues no tiene una base para mantenerse si un día el riego si corta. Y como el cultivo hidroponíco, su productividad y competitividad no es rentable. Pero ojalá dure. Y que el maestro tenga que cambiar la nota.

Pues como dice Sacacorchos tiempo tendrá.... pero que no lo deje. Yo conocí Brasil hace ya veinticinco años y he tenido la oportunidad de ver como avanzaba año a año (viajes y familia allí me ayudaron en ello) y no es flor de un día ni viene de la década pasada. Cuando yo decia que Brail seria un grande en los noventa se reian de mi, cuando lo decia en los primeroa años del XXI igual, a finales de la decada también... y ahora ya no lo hace nadie, busca escuasas pero ya no me dicen que no es cierto. En definitiva un pasi extremadamente trabajador, relativamente formado (dependiendo la zona bién y en otras muy, muy mal) etc, etc
Lo importante es que siga avanzando y sobre todo que no deje para pasado mañana la mejora de su pueblo en todas las áreas.

Un momento así bien se merece una celebración. Ya tendrá tiempo Brasil de mejorar sus índices sociales. Lo importante a corto plazo es que engorde lo suficiente como para sentarse a negociar con el Primer Mundo de igual a igual y fije sus condiciones.

Los comentarios de esta entrada están cerrados.

Sobre el autor

Clovis Rossi. 48 años de periodismo, columnista del diario "Folha de S. Paulo" y del portal Folha.com, ya ejerció todas las funciones posibles en el periodismo, de reportero a editor-jefe, ganador de los premios Maria Moors Cabot, de la Universidad Columbia (NY) y de la Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano, dirigida por Gabriel García Márquez, los dos por el conjunto de la obra.

TWITTER

Clovis Rossi

Archivo

abril 2012

Lun. Mar. Mie. Jue. Vie. Sáb. Dom.
            1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30            

Categorías

El País

EDICIONES EL PAIS, S.L. - Miguel Yuste 40 – 28037 – Madrid [España] | Aviso Legal